Enfermagem tem papel fundamental no controle da doença e na erradicação da sífilis congênita
O uso de preservativo, diagnóstico precoce e tratamento imediato são fundamentais para combate à sífilis. Para sensibilizar e qualificar os profissionais no controle da doença, o Ministério da Saúde disponibilizou novos cursos no Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS). Os cursos integram a estratégia de enfrentamento Sífilis Não, e foram desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Através de minissérie e podcasts, o curso A Dor nos Tempos da Sífilis aborda a história e o impacto da doença, primeira infecção sexualmente transmissível de proporções pandêmicas. A origem da sífilis é incerta, mas a infecção se espalhou pela Europa no final do século XV, no período das grandes navegações. Com a descoberta da penincilina, quase 500 anos depois, a doença tornou-se curável, mas continua presente. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que são registrados mais de 7 milhões de novos casos anuais da doença no mundo.
O curso Projeto Terapêutico Singular (PTS): estratégia para eliminação da sífilis congênita com os conceitos essenciais para a condução de casos complexos em gestantes, como estratégia para a eliminação de sífilis congênita. Com 61 mil casos na gestação, Brasil quer erradicar a transmissão vertical da doença, associada a abortamento, óbitos neonatais, sequelas ósseas, neurológicas e cegueira no recém-nascido.
A penicilina benzatina, único medicamento comprovadamente capaz de atravessar a barreira placentária e prevenir a sífilis congênita, deve ser aplicada prontamente, na própria Unidade Básica de Saúde, e pode ser prescrita pelo enfermeiro, conforme protocolo.
Enfermagem no combate à sífilis – “O Cofen é parceiro do Ministério da Saúde no enfrentamento da sífilis, com detecção e tratamento na Atenção Básica. O enfermeiro está apto a iniciar o tratamento na UBS, mediante detecção em teste rápido. O encaminhamento para unidades de referência distantes representa uma barreira de acessibilidade, dificultando o tratamento, que, nos casos das gestantes, é de máxima urgência”, afirma o conselheiro federal Vencelau Pantoja.
Os testes rápidos para detecção da sífilis já estão disponíveis no SUS, e precisam ser acompanhados da ampliação do tratamento, que já alcança 89,9% das gestantes diagnosticadas (Sinan/MS). O tratamento imediato da gestante e seu parceiro, reduz drasticamente o risco de transmissão. Parecer normativo do Cofen autoriza que testes rápidos sejam feitos também por profissionais de nível médio, sob supervisão de enfermeiro.
Fonte: Ascom – Cofen