“Nosso esforço é para restabelecer o pagamento do piso, em diálogo com o STF, já nos próximos 30 dias”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues
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custeio do Piso Salarial da Enfermagem
O colégio de líderes do Senado debateu, nesta manhã (19/9), o financiamento do Piso Salarial dos profissionais da Enfermagem “O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai iniciar um série de conversas e tratativas nas próximas horas, sobretudo com o Ministério da Economia, para apontar as alternativas de financiamento que o Senado vai apresentar para garantir o custeio do Piso, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF)”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em entrevista ao Portal Cofen, após a reunião.
“Nosso esforço é para restabelecer o pagamento do piso, em diálogo com o STF, já nos próximos 30 dias”, afirmou o senador. Aprovada por unanimidade no Senado e por ampla maioria na Câmara dos Deputados, a Lei do Piso teve sua aplicabilidade suspensa por 60 dias pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelas entidades patronais.
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envolveu ampla mobilização da categoria
Randolfe Rodrigues protocolou, na tarde sexta (16/09), o PL 2482, que altera a Lei do Piso para incluir fontes de custeio. Participe de consulta pública do Senado e manifeste-se sobre o projeto, que prevê, entre outras iniciativas, o aumento do valores repassados pelo SUS para atendimentos, desoneração de folha de pagamentos e a criação do Fundo Nacional da Saúde.
“É uma das iniciativas, entre outras em debate, para solucionar a questão do financiamento do piso da Enfermagem. Rodrigo Pacheco chamará uma reunião nessa quinta-feira para operarmos as primeiras iniciativas — repatriação de recursos combinada ao remanejamento de recursos das emendas de relator”, explica o senador.
Amigo da Corte – O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) participa da ADI 7222 como amicus curiae (“amigo da corte”), buscando demonstrar a viabilidade orçamentária e constitucionalidade da Lei do Piso. Atua, ainda, na busca de soluções concretas para minimizar o impacto da legislação.
“Os Conselhos de Enfermagem seguem empenhados na busca de soluções políticas concretas, como a desoneração das folhas de pagamento do setor, a atualização da tabela do SUS, a criação de mecanismos de compensação financeira e a destinação de royalties do petróleo e de recursos das loterias para as instituições de saúde”, afirma a presidente do Cofen, Betânia Santos, que juntamente com os demais presidentes dos Conselhos Regionais, assina a Carta de Fortaleza, divulgada ao final do 24º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem.
De autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), a Lei 14434/2022, que cria o piso salarial nacional para a Enfermagem, foi aprovada com os valores propostos na emenda substitutiva da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Os valores estabelecidos são fruto de amplo diálogo e pactuação, e já levam em consideração a realidade econômica do Brasil.
De acordo com relatório especial da Câmara dos Deputados, o investimento necessário para cumprir a lei e erradicar os salários miseráveis na área da Enfermagem representa somente 2,7% do PIB da saúde, 4% do orçamento do SUS, 2% de acréscimo na massa salarial dos contratantes e 4,8% do faturamento dos planos de saúde em 2020.
Fonte: Ascom – Cofen