Evento sobre Saúde Mental promovido pelo Cofen ressalta a importância da Enfermagem Solidária

A enfermeira fiscal e ouvidora Amparo Vieira representou o Coren-PI na oportunidade

O evento foi transmitido pelos canais oficiais CofenPlay, Youtube e Facebook do Cofen

Aconteceu, nos dias 1 e 2, o encontro híbrido: Enfermagem Solidária inovando a atuação da Enfermagem na Saúde Mental do século XXI, promovido pela Comissão Nacional de Saúde Mental do Conselho Federal de Enfermagem (Conaesm/Cofen). O evento teve sua cerimônia de abertura com a presença da coordenadora da Comissão, Dorisdaia Humerez, da conselheira federal e primeira secretária, Silvia Neri, representando a presidente do Cofen, Betânia Santos, do presidente do Conselho Regional do Distrito Federal (Coren-DF), Elissandro Santos, do presidente do Conselho Regional de Rondônia (Coren-RO), Manoel Carlos Neri, e do presidente do Conselho Regional de São Paulo (Coren-SP), James Santos.

Doris iniciou a cerimônia falando da importância da Enfermagem Solidária para os profissionais da categoria. “Iniciamos nosso trabalho em 26 de março de 2020, em ambiente virtual, atendendo por meio da escuta, do acolhimento e da observação. Fizemos uma mudança na saúde mental e isso foi uma transformação na Enfermagem”, disse.

O presidente do Coren-RO, Manoel Carlos, destacou o sofrimento mental dos profissionais de saúde de forma dramática durante a pandemia e a necessidade de se falar sobre o tema, trazendo as modernizações e inovações na área. Elissandro, o presidente do Coren-DF, lembrou a resposta rápida da saúde mental, aprovando a teleconsulta, que possibilita a abertura de outras portas para a Enfermagem.

Ainda pela manhã, foi realizado o primeiro debate científico sobre Desafios e inovações nas Políticas em Saúde Mental: os impactos para as ações do enfermeiro em Saúde Mental. Entre as debatedoras estavam Ângela Maria Santos, Rita de Cassia Duarte, Andrea Cristina Alves e Ethelanny Almeida. Elas trouxeram temas atuais, como o assassinato de Genivaldo de Jesus, em Sergipe, no dia 25 de maio de 2022, que tinha diagnóstico de transtornos mentais, mas foi trancado e asfixiado em uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. “Temos que tratar os transtornos psiquiátricos de maneira humana e é preciso que a sociedade se atente para isso”, avaliou a debatedora Andrea Cristina.

Na parte da tarde, a mesa-redonda, composta pelas enfermeiras Maria Cristina, Ethelanny Almeida, Indiana Lise e Socorro Lemos, trouxe à tona a discussão sobre a inovação científica Ouvidores de Vozes: Enfermeiros como facilitadores nos grupos. O intuito do projeto, já iniciado pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), é acolher e escutar as pessoas que têm alucinações auditivas e escutam vozes. “É uma forma de ampliar as possibilidades de cuidado. Além do remédio, precisamos desenvolver estratégias para melhorar a qualidade de vida do usuário”, afirma Ethelanny. 

A importância da Enfermagem é grande para a escuta qualificada das pessoas a fim de facilitar a desconstrução da saúde mental, ressignificar suas experiências e criar autonomia sobre as vozes, fortalecendo o protagonismo do sujeito. “Eles vão conhecendo a si próprios, se relacionam melhor com a família e conseguem falar sem medo de julgamentos com o próximo”, diz Indiana e acrescenta: “Esse papel da Enfermagem também nos permite um empoderamento na saúde mental. Somos facilitadores porque somos bons ouvintes e temos uma visão diferenciada do cuidado”.

Representando o Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI), a enfermeira fiscal e ouvidora, Amparo Vieira falou sobre a sua participação no evento: “Tivemos acesso a uma rica programação, com tópicos pertinentes à temática principal. Tem tudo a ver com o projeto desenvolvido pelo Coren-PI a cada 2 meses com nossos servidores e que será estendido para todos os profissionais de forma virtual já neste mês de junho. A Enfermagem Solidária veio para ficar”, concluiu.

Com vários participantes de forma online e presencial, o encontro encerrou suas atividades com agradecimentos e um forte sentimento de mudança na saúde mental. “O encontro possibilitou perceber o papel do enfermeiro para abraçar o paciente e participar do desenvolvimento do projeto terapêutico singular”, finalizou Anderson Funai, enfermeiro integrante do projeto Enfermagem Solidária.

FONTE: Ascom Cofen e Coren-PI

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