Neste simbólico 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos, o Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) marcou presença em uma roda de conversa voltada para a temática. De iniciativa do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio das 12ª e 29ª Promotorias de Justiça de Teresina, a atividade faz parte das ações do projeto “Doando Vidas – Inspirando Recomeços”, que tem reforçado a conscientização sobre a importância da Doação de Órgãos.
A ocasião foi marcada por falas de profissionais e gestores públicos de saúde e depoimentos de doadores e receptores. O bate-papo aconteceu no auditório da sede do MPPI, em Teresina. A Ouvidora-Geral do Coren-PI, Drª Amparo Vieira, representou o conselho.
Dando início às atividades, o promotor de Justiça Eny Pontes, que atualmente está à frente das Promotorias de Justiça com atribuições para fiscalizar a saúde de Teresina e do Estado, apresentou aos participantes a cartinha do Doando Vidas. O material foi produzido pelo MPPI em parceria com a Coordenadoria de Comunicação Social do Ministério Público (CCS/MPPI). O material contém informações sobre como fazer uma doação de órgãos e os procedimentos necessários.
“A intenção com esse material é disseminar a mensagem de que a doação de órgãos é um ato de amor e solidariedade. Um ato que pode trazer vida e esperança a outras pessoas que aguardam por um órgão. É um material de fácil leitura e compreensão. O objetivo final é levar mais pessoas a fazerem doações, é aumentar a quantidade de vidas salvas em nosso estado”, disse Eny Pontes ao apresentar o material.
A roda de conversa foi iniciada, com a participação de representantes de diversas entidades, a exemplo do Hospital de Olhos, Hospital Getúlio Vargas e Municipal de Saúde (FMS), que destacaram a necessidade de ampliação dos números de transplantes.
Um momento de bastante emoção foi o depoimento de doadores e receptores. A dona de casa Alana Oliveira, que reside no município de Esperantina, compartilhou a trajetória de luta até conseguir um transplante de córnea para a filha. “Eu quero pedir a vocês que não parem. Continuem com essa iniciativa porque eu sei bem como é estar à espera de um órgão. Minha filha precisava de uma córnea e foi um momento muito difícil, que graças a Deus e ao trabalho dos profissionais de saúde, conseguimos superar”, disse.
A plateia acompanhou, também, os relatos do estudante Lucas Amorim, que esperou oito anos por um transplante de intestino; da professora Monique Bessa, que doou um rim para a mãe adotiva; e da advogada Maria Luzinete, receptora de um rim.
“Quero aproveitar esse espaço para dizer que precisamos falar mais ainda sobre doação de órgãos. Observo que já avançamos, mas precisamos avançar mais. A minha vida mudou completamente após o transplante. Hoje, consigo ter uma boa qualidade de vida e isso não tem preço”, destacou Lucas Amorim.
Fonte: CCS MPPI