Equipe estará à disposição dos órgãos governamentais para prestar apoio técnico, assistencial e humanitário aos povos indígenas Yanomamis
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem de Roraima (Coren-RR), instituiu neste sábado (21/01) uma Equipe de Resposta Rápida para apoiar as ações emergenciais do Ministério da Saúde na crise humanitária que avança sobre a terra indígena Yanomami, em Roraima.
A ação será conduzida pelo Comitê de Operações de Emergência em Saúde (Coes/Cofen), pela Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Intercultural (Conenfsi/Cofen), por conselheiros do Coren-RR e pelos conselheiros federais Vencelau Pantoja e Josias Neves, ambos enfermeiros.
“Em decorrência do adoecimento de crianças e da grave crise sanitária que avança sobre a terra indígena Yanomami, mobilizamos uma equipe de Resposta Rápida para garantir todo o suporte institucional dos Conselhos de Enfermagem e a assistência de Enfermagem de qualidade aos povos indígenas”, declarou a presidente do Cofen, Betânia Santos.
A Equipe de Resposta Rápida atuará diretamente com o Coren-RR para fortalecer a assistência de Enfermagem prestada na terra indígena Yanomami e oferecer auxílio técnico e humanitário às ações dos órgãos governamentais. “Vamos atuar em parceria com o Ministério da Saúde, contribuindo para a promoção do cuidado qualificado em Enfermagem”, destacou, o coordenador do Comitê de Operações de Emergência em Saúde do Cofen, Eduardo Fernando de Souza.
Garimpo e o alto índice de mortalidade infantil – Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 570 crianças Yanomamis foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região.
Enfermagem e saúde indígena – O cuidado qualificado de Enfermagem é essencial para aumentar a cobertura e resolutividade da assistência à saúde dos povos originários. Parte significativa mora em locais de difícil acesso e enfrenta vulnerabilidade social e econômica. Isto se reflete na prevalência de agravos como desnutrição e tuberculose, que é três vezes mais frequente na população indígena. Mortes sem assistência de saúde predominam, e a mortalidade materna supera a média nacional.
Fonte: Ascom – Cofen