Neste 1º de outubro, Cofen destaca a importância de pensar em políticas públicas para os profissionais de Enfermagem dessa faixa etária no mercado de trabalho
Comemorado em 1º de outubro, o Dia da Pessoa Idosa também é lembrado pelas pessoas que continuam ativas no mercado de trabalho. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991. No Brasil, o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741), aprovado em 1º de outubro de 2003, visa sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de proteger e cuidar da população idosa.
Segundo a pesquisa Perfil da Enfermagem (2013), quase 14% dos trabalhadores de Enfermagem têm mais de 51 anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o número de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil cresceu 56% entre 2010 e 2022. Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, em 15 anos, o número de trabalhadores acima de 50 anos dobrou no país. Em 2006, eram 4,4 milhões de pessoas e, em 2021, passaram para 9,3 milhões – aumento de 110,6%.
Seguindo as tendências de atenção com essa parcela da população cada vez mais significativa, o plenário do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou, em maio deste ano, uma reformulação das comissões, câmaras técnicas e grupos de trabalho. Nos termos da Resolução Cofen nº 753/2024, foi criada a Câmara Técnica de Enfermagem em Atenção à Saúde do Adolescente, Adulto e Idoso (CTEASAAI).
De acordo com a conselheira federal e coordenadora da câmara técnica, Betânia Santos, sua função é orientar e subsidiar a tomada de decisões estratégicas da autarquia relativas ao exercício da Enfermagem no olhar humanizado e integral nestas três fases do ciclo vital. “No nosso grupo, pretendemos tratar sobre políticas públicas direcionadas a essas etapas da vida, como a dos profissionais idosos, a fim de assegurar qualidade de trabalho àqueles com mais de 60 anos que continuam na ativa, impactando positivamente a saúde da sociedade brasileira”.
A força de trabalho da Enfermagem brasileira tem um grande número de pessoas com mais de 50 anos. A grande participação de trabalhadores dessa faixa etária no mercado de trabalho pode ser atribuída a diversos fatores, como o aumento da expectativa de vida, necessidade de complementar a renda na aposentadoria e a busca por atividades que tragam satisfação pessoal.
Fonte: Ascom/Cofen