O plenário do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou, na última terça-feira (26/1), resolução que regulamenta o Suporte Intermediário de Vida (SIV) no atendimento pré-hospitalar (APH), nos serviços públicos e privados. A normatização, apresentada pela Comissão Nacional de Urgência e Emergência (CONUE), visa suprir o vazio assistencial que existe entre os serviços básico e avançado, oferecendo maior resposta aos pacientes críticos. É fruto de amplo trabalho sobre o tema, que vem sendo desenvolvido pelo Cofen desde 2016.
No Brasil, atualmente, as unidades de Suporte Básico de Vida (SBV), em decorrência de seu grande número, acabam por concentrar parte considerável dos atendimentos às vítimas em situação de risco. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Sistema SAMU, maior rede pública regulada no país, possui 2.472 unidades de suporte básico para 614 unidades de suporte avançado. O reconhecimento da SIV preencher lacunas existentes aos pacientes graves, conferindo maior autonomia e competências aos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem que atuam no atendimento pré-hospitalar.
As unidades de Suporte Intermediário devem contar com dois profissionais enfermeiros ou um enfermeiro acompanhado de técnico de Enfermagem, além de condutor de ambulância. “Destinada ao atendimento dos pacientes críticos na ausência do Suporte Avançado de Vida, a SIV busca compatibilizar as competências profissionais às necessidades dos pacientes de maior complexidade, permitindo a realização de práticas avançadas e medicações, sob orientação da Central de Regulação das Urgências (CRU)”, destacou o coordenador da CONUE, Eduardo Fernando de Souza.
A presidente do Cofen, Betânia Santos, considera o reconhecimento da modalidade de Suporte Intermediário de Vida uma grande conquista. “Com a regulamentação da SIV, objetivamos estruturar o caminho rumo a uma assistência de Enfermagem segura para profissionais e usuários, viabilizando a fiscalização assertiva dos regionais. Continuaremos a trabalhar pelo fortalecimento do exercício profissional livre de ocorrências adversas”, afirmou.
Já a conselheira federal, Tatiana Guimarães, que esteve presente na ocasião, destacou outro aspecto importante abordado pela resolução: “Além do reconhecimento do Suporte Intermediário de Vida, essa resolução trata da administração de medicamentos, de acordo com protocolos de casos específicos, o que não existia até então”, disse.
Comissão Nacional de Urgência e Emergência – A CONUE assessora o plenário do Cofen, buscando a garantia da qualidade e a efetividade da assistência ao paciente crítico. Seu trabalho subsidia Resoluções e marcos técnicos. Além da coordenação de Eduardo Fernando de Souza, é composta pelos integrantes Marisa Malvestio, Sérgio Martuchi, Lilian Behring, Roseane Ciconet, Walber Frazão e Wbiratan Souza.
FONTE: Ascom Cofen – Coren-PI