Trabalho idealizado por enfermeira teresinense concorre ao Prêmio APS Forte do SUS

O trabalho “Ambulatório Masculino da UBS Codipi: Cuidado ampliado à Saúde do Homem na APS de Teresina”, que tem a enfermeira Lívia Maria Mello Viana entre seus idealizadores, foi um dos 167 classificados para concorrer ao Prêmio APS Forte do SUS – Integralidade do Cuidado.

O Prêmio APS Forte do SUS – Integralidade do Cuidado reconhece experiências inovadoras desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde. São 167 práticas divididas em quatro eixos temáticos, que se destacaram entre 1.151 relatos enviados por profissionais da saúde e gestores de todo país.

A enfermeira teresinense conta que a finalidade da iniciativa é atrair o público masculino, que geralmente apresenta mais resistência a procurar serviços de saúde. A ideia é contar com um dia específico da agenda da equipe para atendimento exclusivo do público masculino (preferencialmente de 20 a 59 anos), com a realização de diversos procedimentos em cada oportunidade: “Na consulta, a gente faz vacinação, avaliação, solicitação de exames, encaminhamentos e etc, tudo que for necessário para esse paciente, em uma única vinda à unidade; e sem precisar agendamento prévio, o que garante uma maior acessibilidade à equipe de saúde”, explica Lívia Viana.

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Maria da Codipi está localizada na periferia da Zona Norte de Teresina. A Equipe 06, foco do trabalho classificado para o prêmio, realizou 1622 atendimentos no último trimestre, sendo 36,8% para homens e 63,2% para mulheres, o que evidenciou a necessidade de ampliar o acesso e a resolutividade dos problemas de saúde da população masculina. Até o momento, foram realizadas duas edições do Ambulatório Masculino, uma dia 03/11/21 e outra dia 01/12/21, com o aumento progressivo da demanda.

“As experiências selecionadas representam um conjunto de ações e diretrizes preconizadas pelas políticas nacionais no âmbito da APS com um olhar para a integralidade no cuidado. Desenvolvidas por grandes e pequenos municípios, as experiências escolhidas têm alto potencial de replicabilidade e respondem de forma inovadora aos desafios cotidianos em saúde vivenciados no SUS”, explica a consultora da Organização Panamericana de Sáude (OPAS), Iasmine Ventura. “As experiências refletem uma APS forte e resolutiva e sinalizam para os gestores alternativas para avançar na implementação da política de saúde”, pontua Ventura.

Lívia acredita que o enfermeiro, no espaço da Atenção Primária à Saúde, tem total autonomia e é um agente potencial de mudança, capaz de implementar ações que melhoram a assistência e causam impacto direto positivo na vida das pessoas: “Fico muito feliz em ter nosso trabalho reconhecido e poder representar a Enfermagem Piauiense nessa seleção. É preciso despertar o olhar, ocupar espaços, fugir do senso comum, não se contentar só com atingir indicadores e ir além! Tentar, dentro das possibilidades de cada um, transformar realidades, oferecer serviços de qualidade e melhorar a qualidade de vida dos usuários do SUS”, destacou.

A 2ª etapa do Prêmio será a seleção das experiências semifinalistas, sendo três por eixo temático, escolhidas dentre as 167 práticas, por consenso da comissão organizadora composta por consultores do Ministério da Saúde, do Conass, do Conasems, da OPAS e especialistas convidados. A divulgação está prevista para o dia 7 de março, nos sites da APS e APS Redes-Portal da Inovação.

Conheça os integrantes da Equipe 06:

Coautoras:

Médica – GAMA, Bárbara Pinheiro

Coordenadora da UBS – TEIXEIRA, Darllyana Mendes

Participantes –

Técnica de Enfermagem – VAZ, Mayara da Cunha Felix;

ACS – MENDES, Antônio Elizeu;

ACS – SILVA, Maria das Graças Oliveira da;

ACS – MESQUITA, Regina Lucia Silva de;

ACS – VIANA, Walflânia Keila.

FONTE: APSREDES e Ascom – Coren-PI

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