Neste Dia Mundial da Prematuridade (17 de Novembro), Cofen destaca a importância da transição do cuidado ao prematuro nas redes de atenção à Saúde
A qualidade da assistência é fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento dos prematuros. A cada ano, 15 milhões de bebês são prematuros. Somente no Brasil, são mais de 300 mil nascimentos anuais.
Neste Dia Mundial da Prematuridade (17 de Novembro), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) alerta para a importância da continuidade do cuidado, do pré-natal à puericultura. “A Enfermagem tem um papel fundamental nesse ciclo, desde a prevenção ao nascimento prematuro ao acompanhamento do itinerário terapêutico de cada criança”, destaca a presidente do Cofen, Betânia Santos.
A atenção à prematuridade começa no pré-natal, com a correta datação gestacional, orientação da gestante e tratamento de condições como pressão alta e infecções, que podem causar nascimento prematuro, além de representarem risco à mulher. Passa pela assistência humanizada ao parto, com a garantia do atendimento necessário e redução de intervenções iatrogências. Continua na assistência ao recém-nascido e à criança, com triagem e elaboração de itinerário terapêutico adequado a cada criança.
“Nosso desafio não se encerra no parto. Continua na transição do cuidado ao prematuro nas redes de atenção à Saúde”, explica o coordenador da Comissão Nacional de Saúde da Mulher (CNSM/Cofen), Herdy Alves. “É necessário identificar o risco do prematuro na Atenção Primária, para garantir um crescimento e desenvolvimento saudáveis”.
A enfermeira neonatologista Mariluce Ribeiro, idealizadora da Hora do Colinho, que já é lei na Paraíba, destaca que o contato afetuoso e o colo são necessidades vitais do bebê, capazes de interferir na sobrevivência e recuperação dos prematuros. Consagrado no método canguru, o contato pele a pele com a mãe é capaz de regular a temperatura e reduzir o tempo de internação dos pequeninos.
“É importante que a mãe tenha esse contato para estimular o aleitamento materno e o vínculo do binômio mãe/filho, principalmente para bebês baixo peso e/ou prematuros, esse contato vai ajudar no ganho ponderal de peso, regulação da temperatura e para aqueles que não tem a presença materna temos a hora do Colinho que é um acolhimento humanitário e afetivo para bebês de qualquer idade que estejam privados da presença materna”, explica.
Licença estendida – As mães de bebês prematuros com internação superior a duas semanas têm direito a licença estendida, com contabilização do prazo a partir da alta, e não do nascimento. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, em outubro, que o início da licença maternidade deve começar quando houver a alta hospitalar da mãe ou do recém-nascido, o que ocorrer por último. A ação foi movida pelo Solidariedade (ADI 6327) buscando suprir omissão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Fonte: Ascom – Cofen